Hoje em dia, muitas pessoas sabem que fazer atividades físicas regularmente é essencial para a saúde. O exercício reduz o risco de morte, principalmente por doenças cardiovasculares. Além disso, a prática leva a menor incidência de doenças futuras (como diabetes, osteoporose, depressão) em pessoas saudáveis.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda cerca de 150 minutos de atividade física moderada por semana ou 75 minutos de atividade intensa. Apesar de parecer uma meta não tão difícil de atingir, hoje nos Estados Unidos acredita-se que menos de 20% da população consegue seguir a recomendação. E a falta de tempo costuma ser uma das principais desculpas para não cumprir essa meta de exercício semanal.
Para nossa sorte, a corrida de rua é a única atividade, até agora, que comprovadamente já demonstra benefícios (como redução de mortalidade) mesmo quando praticada por menos de 75 minutos/semana.
Corredores têm risco de 25% a 40% menor do que não corredores de morte prematura, e a modalidade diminui a incidência de doenças cardiovasculares e câncer – principais causas de falecimento entre adultos de muitos países, inclusive o Brasil. Além disso, a corrida parece inibir Alzheimer, Parkinson e infecções respiratórias.
Poderia até se argumentar que parte dos benefícios da corrida seja porque os praticantes dessa atividade tendem a se esforçar mais para manter o controle de peso e ingerir alimentos saudáveis – o que, de fato, é real. Porém, muitos estudos compararam os corredores com não corredores na mesma situação. Ou seja, atletas e não atletas com o mesmo padrão de dieta, ingestão de álcool, tabagismo etc. E os praticantes de corrida sempre levaram vantagem e demonstrarem ser mais saudáveis, mesmo quando bebem, fumam ou não comem tão bem.
Neste último mês de março, mais um ponto foi marcado no placar dos corredores! Estudo publicado pela Universidade de Iowa (Estados Unidos) mostra que a corrida pode aumentar a expectativa de vida em aproximadamente 3 anos. No entanto, a pesquisa salienta que esse ganho só atinge pessoas que praticam a atividade por décadas. Isso é: não vale começar a treinar e logo abandonar os tênis.
Ah, e antes de sair por aí correndo, lembre-se que para garantir mais qualidade de vida com o exercício é muito importante passar por uma avaliação médica criteriosa e ter acompanhamento de um educador físico.
Dra. Ana Gandolfi (CRM/SP: 133.791)
Neurocirurgiã e especializada em lesões de cabeça e coluna relacionadas ao esporte