Uma coisa é fato: o melhor horário para correr é sempre aquele em que temos disponibilidade e disposição para cumprir a planilha. Porém, se sua rotina permite escolher treinar de manhã ou à noite, conhecer os efeitos que o exercício aeróbico provoca no corpo pode ajudar você a optar por fazer atividade física no momento em que há mais benefícios para seu dia a dia. Confira!
FOME ZERO
Durante a corrida, nosso organismo libera uma série de substâncias que interferem em seu funcionamento. Uma delas é o hormônio peptídeo YY, responsável por inibir o apetite. Portanto, realizar exercícios próximo do período em que você costuma ter aquela fome de leão pode ser uma boa para evitar ataques à geladeira.
ALERTA TOTAL
A adrenalina produzida no treino permanece durante algumas horas na corrente sanguínea e deixa você mais disposto e acordado. Pessoas que geralmente demoram para “pegar no tranco” de manhã podem se beneficiar disso ao treinar logo cedo, pois chegarão ligadas no trabalho. Já quem sente o cansaço bater no meio da tarde pode correr na hora do almoço. Mas, saiba de uma coisa. Esse estado de alerta pode vir acompanhado de um efeito rebote. Aí, quando a ação da adrenalina acaba, a pessoa apresenta sonolência excessiva.
SONO TRANQUILO
É comprovado cientificamente que o exercício melhora a qualidade do sono. Entre as principais razões para isso estão a produção de substâncias que ajudam a relaxar e a redução do estoque de energia do corpo (você termina o dia cansado e precisa dormir para recuperar as forças). Esses benefícios são aproveitados tanto por quem corre de manhã quanto no fim do dia. Porém, geralmente, é melhor percebido por quem treina à noite – principalmente pelo efeito rebote que ocorre após a ação da adrenalina. Aliás, aqui vale uma ressalva. Como a adrenalina permanece algumas horas circulando no organismo, é importante terminar o exercício de três a quatro horas antes do horário que costuma ir para cama. Assim, você evita que a substância o deixe ligado e atrapalhe seu sono.
BEM-ESTAR GARANTIDO
Em corridas com mais de 30 minutos de duração, nosso organismo produz diversos neurotransmissores que geram sensação de prazer, de recompensa e de dever cumprido, além de aliviarem a dor. Isso pode deixá-lo relaxado para aquela reunião tensa com o chefe, por exemplo. Ou para encarar o jantar de família que é sempre meio chato. E até mesmo reduzir o peso na consciência por ter exagerado no almoço.
Dra. Ana Gandolfi (CRM/SP: 133.791)
Neurocirurgiã e especializada em lesões de cabeça e coluna relacionadas ao esporte